Mais uma ficha, mais uma voltinha...

...até Hong Kong.
Desta vez o objectivo era ir jantar com duas amigas de Portugal que estavam cá. Saímos cedo de casa para aproveitar algo mais de Hong Kong. Como estamos aqui há dois dias, enganámo-nos no autocarro e não parou no terminal marítimo. Nada como apanhar outro autocarro no sentido inverso. Finalmente, lá conseguimos embarcar com destino à cidade cosmopolita. Na mente, levávamos dois sítios para visitar: Stanley Market, numa ponta da ilha, e The Peak, algures. Num autocarro de dois andares, os dois portugas, no segundo andar e quanto mais à frente melhor, vislumbravam-se com a vista e irritavam-se com a dor de cabeça. A estrada estreita como uma agulha e a serpentear como uma linha. Mas valia a pena. Costa verdejante, com praias, casas à beira mar com moradores ingleses lá dentro.
Finalmente chegámos ao mercado. Um mercado com todos os artefactos chineses que possamos imaginar: artesanato em madeira, roupa com corte chinês e muitas outras coisas que não se encontram em Macau. Se existisse este mercado aqui...perdia a cabeça. (claro que não podia faltar mais um gatinho que encontrei...:) )
Depois do almoço, num restaurante chinês claro, regressámos pelo mesmo caminho. Queríamos ir ao The Peak e, armados em espertos, decidimos sair numa paragem um pouco no meio do nada, para apanhar outro autocarro em sentido contrário que ia para lá. Esperámos, esperámos, esperámos. Ok, o melhor era mesmo voltar a apanhar autocarro para irmos para o centro. O tempo urgia e o The Peak ficou para uma próxima. Em vez disso, fomos relaxar até um jardim, antes de nos encontrarmos com as amigas portuguesas para jantar.
Depois de andarmos a pé, rompendo a multidão - e que multidão- conseguimos encontrá-las. Apanhámos taxi até ao metro, depois passamos para outra ilha, onde fomos espreitar o passeio das estrelas (à semelhança de Hollywood), mas com as impressões "digitais" de artistas de Hong Kong. Já no escuro da noite, do outro lado avistavam-se os prédios altos, como peças de dominó iluminadas e com marcas, como canon, a reluzir. Com o rato a roer na barriga, procurámos um restaurante, novamente chinês, onde enchemos a pança. Já de barriguinha cheia e com o cansaço a moer as pernas, regressámos a Macau, às 22h45m...

simplesmente ...Parabéns a nós

Para nós, um ano já lá vai....e cá esperaremos muitos mais!!!

os bilhetes estão comprados!

A 13 de Maio a romaria vai ser outra. Vamos ver um único espectáculo chinês que escolhemos do cardápio do festival: "Capriccio da Grande Muralha" pela Orquestra Chinesa de Macau. Não valia a pena metermo-nos no teatro em chinês hihihi.
Depois, no dia 19, num concerto intimista no Teatro D. Pedro V, são os portugueses O'queStrada (os únicos lusos neste certame) que vão supreender-nos. Ouçam em http://www.oquestrada.com/
E por último, dia 26, D.A.V.E Digital Amplified Video Engine vai ser apresentado por Klaus Obermaier (Austria). Caracterizado de Multimedia Dance. http://www.exile.at/dave/
Pelo menos os bilhetes estão comprados!!!!! E que grandes que são!

Cores e sabores (link com som)



clica e ouve (numa segunda janela) 1....2....som...experiência....teste...teste
http://www.acidplanet.com/components/embedfile.asp?asset=970049&T=8449

mapa actual Macau e ilhas da Taipa e Coloane

Não sei se dá para notar, mas os lagos a sul de Macau são o que resta do rio conquistado após os aterros. Percebe-se que esta zona nova, há uns anos, era água. Mas só se percebe no mapa, porque enquanto se anda pelas ruas é tudo bastante sólido, inclusive os prédios de inúmeros andares.
Quanto às ilhas... quase deixam de ser ilhas. O que se vê a amarelo são conquistas à foz do rio. Até o aeroporto do lado direito...Para bem e qualidade de vida dos macaenses, espero que mantenham Coloane..assim...verde.
O que está a cinza do lado esquerdo é território chinês.
Fico por aqui, relativamente a geografia :)

o outro lado de Macau

Taipa e Coloane são duas ilhas que fazem parte de Macau, sendo esta uma península ligada à China Continental (Zuhai) através de um istmo, nas denominadas Portas do Cerco. Se outrora se chegava até às ilhas de barco, hoje estão ligadas por pontes, e a sua distância é cada vez mais curta, pelo constante avanço dos aterros, conquistando espaço ao mar (neste caso à imensa foz do rio das pérolas).
mapa de 1986
Na Taipa estão situados, entre outros, o aeroporto de macau, a universidade de macau, "dormitórios" e as casas-museu da Taipa. São antigas casas coloniais de cor verde claro e branco, muito luminosas, ao longo da avenida da praia. Que de praia não tem nada. Em frente apenas um grande lago. Na outra margem vêem-se novos empreendimentos em construção nos novos aterros. Mas continua a ser, sem dúvida, um lugar fantástico para se viver. Mas, na sua generalidade, as antigas casas coloniais portuguesas estão por habitar. Ou são edifícios que albergam serviços públicos, ou são museus...não há famílias que vivam nestas habitações. Há ainda aquelas que estão encerradas e ao abandono.
Foi no passado fim-de-semana (15 Abril) que visitámos estas jóias da "coroa" portuguesa.

Além das casas da Taipa, tivemos oportunidade de fazer um pouco de exercício ao ar livre, cumprimentar os noivos nas suas sessões fotográficas, ver um camões rejuvenescido, uma rua com um toque português (Rua do Cunha) e descansar numa pausa refrescante.
Depois, de novo o regresso até Macau. O motorista foi "simpático" e levou-nos a conhecer quase todas as paragens da Taipa, num pára-arranca de revoltar o estômago.




Coloane me aguarda!

sexta-feira, 13


Considerado o dia do azar, como tal devemos afastar-nos de gatos pretos, não passar por baixo de escadas, não viajar, não morar no 13º andar, não jantar numa mesa com 13 pessoas. Parece que na China é símbolo de sorte. Mas também que azar me poderia acontecer?!?! Gatos pretos são raríssimos aqui, escadas não é costume haver (ok, evito os "túneis" de bamboo na imagem), viajar também não dá, não há dinheiro, mudar hoje de casa também é difícil e reunir 13 pessoas muito mais (e se forem 12 ou 14 como fazemos?!?!). Se é símbolo de sorte aqui, quer dizer que os aviões estão à pinha e os preços mais elevados, portanto não daria para aproveitar....
Mas...fez-se luz...que tal experimentar os casinos?!!??! pode ser que dê boa sorte a uns (a mim) e azar a outros. Bora lá!

UNS DIAS NA CIDADE DOS TERRACOTAS (fotos em baixo)

Xi’an é conhecida por uma das oito maravilhas do mundo: o exército de terracota. Por esse motivo, metemo-nos a caminho: autocarro até à fronteira, atravessar a pé, apanhar autocarro em Zhuhai e seguir para Cantão (2h30 viagem), táxi para hotel, dormir, dia seguinte táxi para aeroporto, apanhar voo doméstico para Xi’an (2h30), autocarro para o centro da cidade, check-in hotel. Andar muito a pé e de autocarro. Chamo a isto percurso de pobre, mas só assim se consegue viajar com pouco dinheiro.
Xi’an, berço de 13 dinastias chinesas, tem agora 8 milhões de habitantes (Pequim tem 12), quase tanto como Portugal – e é verdade que se sentia a multidão nas ruas.
Com poucos dias para descobrir Xi’an pelos nossos próprios pés, sabíamos que alguns pontos importantes iriam ficar para trás. Com muita pena nossa ficou por visitar o Monte Hua, que ficava a alguns kms da cidade.
No centro da cidade, visitámos as torres: Bell Tower e Drum Tower (já se está mesmo a ver que uma tem um grande sino e a outra grandes tambores).
No dia seguinte, vimos o exército de terracota (8 mil soldados, todos diferentes, e cavalos, em tamanho natural), que foi mandado construir à semelhança do exército de então, pelo primeiro imperador da China (Dinastia Qin) para proteger o seu mausoléu (demorou 11 anos a concluir). E também umas termas com água a 43 graus.
No terceiro dia, percorremos a pé a distância mais curta da muralha da cidade: 4km. É a maior do mundo (24 kms) que ainda se mantém intacta.
No quarto dia, visitámos o Wild Goose Pagoda (budista) e o parque Tang Paradise onde vimos um espectáculo multimédia (filme projectado em repuxos de água, sincronizado com luz e fogo), que é único no mundo.

Curiosidades:
1 – Na estação de autocarros, existem grandes mangueiras para colocar no cano de escape e extrair o monóxido para o exterior. Bela ideia para aplicar em Portugal. No autocarro existem garrafas de água gratuitas para os viajantes.
2- viagens de avião domésticas: na primeira 3 estrangeiros, na segunda 2, nós! O resto chineses.
3 – Os bebés de um a dois anos não usam fraldas. As calças têm um rasgo entre as pernas, da frente até à parte de trás e assim é só acocorar e fazer as necessidades em qualquer sítio e continuar a brincadeira. Se se quiserem sentar também o fazem com naturalidade, sentando o rabinho no chão. Poupa-se em fraldas. Pensem nisso!
4 – Ninguém respeita regras de trânsito: passa-se o sinal vermelho (sejam carros, sejam peões), faz-se inversão de marcha em qualquer sítio, anda-se em sentido contrário. Imaginem o trânsito numa rotunda. Íamos dentro do táxi e eu pensei que nos iam bater em todos os lados. Uma loucura. Qual rotunda do marquês (Lisboa), qual quê?!?! Isto é que é adrenalina. Até podemos ser atropelados na passadeira… se não cederes passagem aos carros, motas, bicicletas. O peão é sempre o último.
5 – Os chineses comem a qualquer hora. Há imensas barracas com petiscos: milho frito ou cozido, lulas grelhadas, uma espécie de carne picada dentro de uma bola de massa (“dumpling”). E comem isso seja ao pequeno-almoço, almoço ou jantar. Há uns pratos com sabores semelhantes aos dos restaurantes chineses em Portugal.
6 – Quase ninguém falava ou percebia inglês, mesmo no hotel era complicado. O hotel (baratinho) onde ficámos era só chineses.
7 – Chineses falam muito alto, jogam muito, cospem para o chão e arrotam.
8 – Não gostam que os fotografem, especialmente os mais velhos, por questões religiosas (as fotos roubam-lhes a alma). Por acidente, o flash disparou e a velhota de 82 anos veio atrás de nós até ao autocarro de turismo onde íamos e estava muito zangada. Discutia imenso. A guia teve de pagar-lhe (1 yuan = 0,10 €) para se ir embora, mas mesmo assim foi complicado. Ela não queria ir. Que vergonhaJ.
9- Logo pela manhã, nos jardins pratica-se Tai-Chi, faz-se ginástica tipo aeróbica, toca-se música tradicional e canta-se, passeiam-se os pássaros…
10- Ao contrário de Macau, em Xi’an os chineses andam de bicicleta, existindo inclusive um corredor próprio para circularem.
11 – Não há corredores BUS para autocarros. Apanha-se uma grande seca no trânsito. Bilhete por viagem = 1 yuan (0,10€)

um dia em Hong Kong

Este sábado, 31 de Março, foi dia de atravessar o Rio das Pérolas a caminho de Hong Kong. Fomos com as duas amigas de Timor que estavam cá de férias. Cerca de uma hora de barco. Quando chegámos queríamos encontrar um posto de turismo para conseguir um mapa da cidade mas não conseguimos. Sabíamos da existência do "Big Budha" e então fomos até lá de metro, que atravessou por baixo do mar de uma ilha para outra, e depois de...teleférico. Nunca tinha andado num teleférico tão alto, durante tanto tempo, atravessando rio e montanhas tão altas. O vento que se fazia sentir no ponto mais alto era ligeiramente assustador. Cada "vagão" dava para levar 17 pessoas. Era todo fechado e tinha em cima umas janelinhas para entrar o ar.
A viagem ida e volta dos dois ficou em 17€ (mais ou menos). Na viagem de regresso demos o lugar a umas senhoras e viemos de pé. Talvez por vir de pé, num dos pontos...bem...senti mesmo a adrenalina, mais ou menos quando passamos uma grande lomba de carro. Só que ali em cima assustava. As chinesas riam-se claro!
do lado esquerdo fica o aeroporto

Chegados lá cima, começámos a avistar o "big budha" envolto em místico nevoeiro.

É um lugar de peregrinação budista, com todas aquelas características de um local de romaria (como Fátima, por exemplo), com tendas com artigos destinados a turistas/peregrinos. Muita gente!

Na aldeia, existe um mosteiro budista, com monges e monjas.

Por fim a confusão do centro de Hong Kong.

Parabéns, muitos anos de vida!!!!

Parabéns pelos teus 33 (sãam saph sãam) aninhos neste dia 1 de Abril de 2007!!!...
Espero estar contigo quando fizeres muitos mais!!
E que as prendas sejam melhores :)
Beijinho, S