crédito da ilustração:VioletaRoxo

wo qu zai ao men. 我去在澳门。 wo shuo putonghua. 我说普通话 。
yi huir jian. 一会儿见。
(Eu vou para Macau. Eu falo chinês. Até já.)

Até Já!


Depois de uma bela jantarada, de uma bela despedida, a viagem até terras do Oriente aproxima-se.
Obrigada aos que estiveram presentes, aos que apareceram depois e àqueles que estiveram em mente! Esperemos que tenha sido apenas um pretexto para nos encontrarmos e que encontros como este haja muitos mais!!!
Estão convidados para ir ao outro lado do mundo. Um beliche espera-vos.
Zaijian, S

Fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, imaginei. Talvez por não saber o que será melhor, aproximei. "O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós". Sei lá eu que queres dizer... Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz... Talvez por não saber falar de cor, aproximei... Triste é o virar de costas o último adeus, sabe Deus o que quero dizer. Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou... E se ao menos tudo fosse igual a ti.Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir. Se por falar falei, pensei que se falasse era mais fácil de entender...É o amor que chega ao fim, um final assim assim é mais fácil de entender...

As Coisas

Desde pequenos que nos vamos agarrando, sentimentalmente, às coisas. O carrinho que recebemos com comando à distância, e que adoramos e nos faz muito felizes; as panelinhas para imitar a mãe a fazer comida, mas desta vez com comida a fingir. Terra e ervas, talvez. Muitas coisas materiais que nos ligam à vida e que nos fazem trilhar um caminho, que nos fazem ser quem somos, que nos dão a estabilidade necessária para avançar. Uma casa, um lugar, os amigos de infância e da escola.
Algumas coisas vamos esquecendo. Já não nos lembramos dos brinquedos, ou não lhes damos o valor que dávamos. Vamos adquirindo outras materialidades. Ora um souvenir que uma amiga nos trouxe de Cuba ou de Palma de Maillorca. Aquele top que comprámos no verão passado e que adoramos (mas não faz mais sentido voltar a usar). Pedaços de nós, das nossas vivências, de quem gostamos, que vamos guardando, guardando...guardando...
Mas chega um dia em que tudo isto deixa de fazer sentido. Empacotamos tudo, como se empacotássemos a própria vida. Custa abandonar um objecto, simplesmente porque tem uma história. Ou porque essa história é dolorosa, ou talvez nos tenha feito rir.
Forçamo-nos a esquecer os momentos dos quais fizemos parte ou aqueles que os outros partilharam connosco, e que esses objectos nos ajudam a recordar. A comodidade e o conforto que tanto queríamos deixa de ter significado. E até as plantas que tanto acarinhávamos vamos deixar de ver crescer…ou o animal de estimação vai ficar à sua sorte.
Largamos tudo. Tanto podemos estar aqui, como ali. Os amigos estão sempre presentes, umas vezes mais, outras menos. Alguns seguem vidas diferentes e distanciam-se, outros novos surgem e ficam. Enfim, o ritmo normal da vida como as marés. Enfim, a busca e vivência da felicidade.
Até a força, a auto-estima, a independência, os princípios, as crenças são empacotados e bem selados…ou desaparecem como um cubo de gelo dentro do chá.
O MELHOR DO MUNDO SÃO OS AMIGOS! OBRIGADA POR EXISTIREM PARA SEMPRE!
está quase...

A todo o vapor para sair da crise

A crise continua na soleira da porta e nem entra nem sai. Fala-se de “Apito Dourado”, do “militar condenado por sequestro” e… “aborto, aborto, aborto”. Matéria não nos falta para andarmos entretidos.
O que é certo é que em poucas semanas certamente que os cofres do Estado ficaram mais pobres para que o presidente da república e primeiro-ministro portugueses tivessem a oportunidade de reforçar laços políticos e económicos com a Índia e a China.
É notável verificar que ambos estão deveras empenhados em levar o país mais longe. Literalmente mais longe. Organizaram estas visitas importantes, levaram consigo uma vasta comitiva, para cima de cem pessoas, onde se incluem empresários – sempre os mesmos, fretam aviões, gastam -perdão, investem- milhões.
E não descuram qualquer pormenor. Antes da partida, ambos gravam uma declaração vídeo que colocam online nas respectivas páginas oficiais ou blogs dedicados à visita, seguindo um pouco o exemplo "pioneiro" de Marcelo Rebelo de Sousa que decidiu invadir o YouTube.
Partilham a agenda com o mundo inteiro, disponibilizam fotografias. Um verdadeiro choque tecnológico! Um verdadeiro exemplo! Em prol de causas nobres!
Confirma-se. Estes senhores estão mesmo a trabalhar, a fazer alguma coisa pelo país. Eu vi. Não estive lá, mas vi. E espero também presenciar as festas do “croquete” e vê-los, bem engalanados, a apertar a mão uns aos outros, a comer e a beber. Se partilharem isso comigo, vou sentir-me melhor, entretida com algo mais do que as histórias mediáticas do costume. Isso sim seria um rasgo de criatividade e de utilidade para com o povo português!
Agora, falando a sério…que consequências se sentirão após a implementação destas estratégias? As empresas que integraram as comitivas irão exportar produtos em grande quantidade? Aumenta o emprego em unidades portuguesas? Aumenta a prosperidade, lucro e salários? Aumenta o poder de compra nacional? Ou é mais do mesmo para os mesmos? Quem fica a ganhar e quem fica a perder?