Ir até Zhuhai

Ir até Zhuhai é ir até à China, do outro lado da fronteira, nos limites da cidade, a norte de Macau. Uma fronteira como todas as outras, em que é necessário passar pelo controlo com passaporte na mão e visto. Muita gente, como é natural por estas bandas, onde quer que passe. Homens, mulheres com crianças ao colo ou dependuradas nas costas, idosas curvadas do peso da idade e do peso dos sacos que levam consigo. Grandes e pesados. O passo é arrastado, miudinho e apressado.
Ir até Zhuhai é ir fazer compras mais baratas. E sábado foi o dia escolhido.
Milhares de lojas chinesas concentradas num centro comercial enorme, cheio de corredores e apinhado de gente, claro. Mas não tem nada que ver com os centros comerciais europeus. Massagens muito baratas, tecnologia barata, roupa, calçado, cd’s e dvd’s, artesanato chinês, chá, bugigangas, etc, etc. Na loja dos dvd’s até se fala algum português: “filme muito bom. legendas inglês. Esse não é bom, legendas russo.”
Mas é preciso negociar sempre. Se não houver regateio o chinês até fica ofendido. E é preciso saber regatear bem, pois também é possível trazer produtos mais caros, relativamente a Macau. E, no que diz respeito à tecnologia, trazer qualquer coisa avariada é normal. É preciso ter cuidado.
A moeda que se usa aqui é o renmibi (moeda da China), mas se tentarmos fazer o câmbio por estas bandas, corremos o risco de levar dinheiro falso no bolso. O melhor mesmo é ir prevenido. Há quem também aceite patacas. Há artigos que podem custar 10 patacas (cerca de 1€) ou 100 (cerca de 10€). Por este valor comprei um tripé para a minha máquina fotográfica.
Hei-de lá voltar para trazer “recuerdos” para Portugal porque realmente é um mundo! Ah…e para uma massagem que é, dizem, muito barato.

Sem comentários: