Mercados e supermercados

supermercado
legumes no supermercado mercadoCada esquina, uma loja. Seja do que for. Os supermercados são gigantescos, com vários andares e milhares de produtos que não se sabe muito bem para que servem, mas a verdade é que há de tudo para todos os gostos e necessidades, incluindo lulas secas em pacote como as batatas fritas. Pelos vistos é um petisco muito apreciado.
Produtos europeus, incluindo portugueses, há muitos: vinho do Dão, Alentejo, etc; cremes Nívea; sumos e enlatados Compal, águas Luso, azeite Galo, bacalhau (uma posta custa tanto como um bacalhau inteiro), etc, etc. Não nos sentimos propriamente obrigados a absorver a cultura local. Conseguimos que Portugal esteja presente um pouco por todo o lado, e, claro, na mesa também. “É uma casa portuguesa, é concerteza uma casa portuguesa.”
Já nos mercados as coisas funcionam de forma ligeiramente diferente. Os produtos são muito mais baratos do que nos supermercados e a simpatia reina. Comunicar torna-se difícil, mas desde que se possa apontar e se saibam os números a transacção é fácil. Não foi à toa que os portugueses se deram bem pelo mundo fora nos seus negócios.
Bancas de peixe, alguns deles ainda vivos, e de carne, fruta e legumes. Normalmente compro fruta e legumes e ainda posso trazer coentros como oferta (aqui os alentejanos estariam muito bem. É ver coentros em todo o lado.). Molhos de grelos, cenouras gigantes e nabos que mais parecem cenouras, cebolinho, batatas.
Uma das bancas que me impressionou foi a das galinhas/frangos. Ainda em gaiolas, vivos. É só escolher e depois matam-nos e preparam-nos na hora. Carne fresquinha!!! E em Portugal há quem se preocupe com as galinhas à solta por causa da gripe das aves.
Em torno dos mercados há sempre barraquinhas ora de roupa, de fruta, ou de petiscos (que não me atrevi a provar, nem me sinto tentada!).
À parte de supermercados e mercados, e de haver produtos portugueses ou não, os cheiros, odores e aromas são algo difícil de transpor. O arroz tem um sabor característico evitando que o paladar português venha à tona, mesmo quando se cozinha em casa. E o cheiro do incenso pelas ruas é uma constante.

2 comentários:

José Carlos disse...

Tens a certeza que é incenso? ;)

Sandra Gomes disse...

Sim, tenho. :))
Há vários pequenos altares espalhados pelas ruas, dentro das lojas ou à entrada, onde estão sempre a queimar incenso. Tem que ver com a religião deles. De resto o mais complicado ao circular nas ruas é o monóxido de carbono por causa das centenas de lambretas que circulam, essencialmente. Não é nada sujo. Pensei que nem se pudesse andar na rua, mas fiquei admirada. ;) beijitos e até breve, S