Ir a Zuhai para as últimas compritas, antes de vir para Portugal, e ir a um espectáculo de dança multimédia era o que estava previsto para Sábado.
E tudo se cumpriu. O espectáculo foi no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau, que tem cerca de 300 lugares e encheu para este espectáculo. Dança contemporânea com projecção de vídeo, do austríaco Klaus Obermaier: “DAVE – Digital Amplified Video Engine”. A projecção foi feita sobre o corpo, evitando imagens de fundo convencionais, pertencendo ao próprio corpo, ganhando forma e vida nele. Esse corpo, tela de projecção, pertencia ao bailarino Chris Haring, o único em palco. Uma forma interessante de usar o vídeo, sem dúvida, mostrando motores de mudança que agem sobre o corpo, além do envelhecimento. Já quanto à música, era muito previsível, quase cliché. Música digital manipulada por computador que soava a qualquer outra música digital. O habitual em muitas performances de dança contemporânea…Neste aspecto, nada de surpreendente, mas o espectáculo em si posso considerar de bom, pela ideia, trabalho conjunto e performance do bailarino.
Os atrasados entraram na sala e foram encaminhados aos lugares, nem que esses lugares fossem nas filas da frente. Criava distracção, sem dúvida.
Outra distracção foram os arrotos (vários e seguidos – muito normal em Macau) da sra que estava sentada imediatamente na fila atrás. No final, quando as luzes acenderam, tivemos curiosidade de saber que pessoa era. Percebemos que a sra. estava grávida e demos um desconto.
Depois fomos jantar a um restaurante português onde ainda não tinha ido: D. Afonso III. A comida era boa, mas o atendimento feito por filipinos (mão-de-obra abundante e barata) era demasiado frio para me sentir próxima de Portugal. Não repetiria a experiência.
Em seguida, fomos tomar um copo com uma amiga a uma esplanada. Entrámos porque cá fora estava demasiado calor (às 22h30). E ainda bem, porque passado pouco tempo começou a chover ...muito...acompanhado de trovoada!
Cerveja, após cerveja (eu com um chá esquisito de ginseng). Numa outra mesa, também um chinês ia bebendo cervejas após cervejas. Já depois do café ter encerrado a entrada de clientes, às 2h00, com as cordas vocais aquecidas, esse sr. pediu Karaoke (muito popular por estas bandas) e espicaçou-nos a participar. Valeu-nos essa amiga que tem uma bela voz! E, sem contar, acabei por assistir ao karaoke em Macau, que por ser tão popular e todos gostarem de cantar, sentia curiosidade em ver como funcionava.
A madrugada ia alta e nós a caminho de casa. Pelas ruas havia quem trabalhasse, por exemplo os “jornaleiros” que iam buscar os exemplares para vender no seu quiosque.
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