O'questrada no Festival de Artes

Não está a ser fácil actualizar o blog. Estou a queimar os últimos cartuchos e quero absorver ao máximo o que me resta. Também ando a preparar trabalho em Portugal o que me deixa mais ocupada e com horários malucos, por causa do fuso horário. Mas aqui vai…


Ora, Domingo passado foi dia de O’questrada. Um grupo português que tem um estilo muito próprio, muito interessante, genuíno e que vale muito a pena ver ao vivo. Desde a forma como se apresentam, os trajes, os adereços, os instrumentos, e a forma diversificada e polivalente como os tocam, até às próprias letras e músicas. Definir o seu estilo é quase tarefa impossível. Ouvimos cruzamentos e influências de Fado, Ska, Pop, Funaná, versões completamente diferentes de outras canções, que faz com que nos esqueçamos rapidamente da versão original. Os elementos do grupo, misto de nacionalidades, também lhes conferem uma caracterização particular. Os cinco músicos divertem-nos com guitarra portuguesa, acordeão, contrabacia, guitarra, voz , percussão.... Aliás, um desses instrumentos é impressionante: a contrabacia, que é literalmente uma bacia verde de plástico virada ao contrário com uma corda saída do centro e que fica presa a um pau. E assim se faz música. Sonoridades que nos "obrigam" a repescar ao nosso inconsciente a alegria das festas populares, das festas de bairro, em que cada um tem um papel importante a desempenhar.
O músico convidado para este concerto ofereceu-nos uma forma sentida e forte de se cantar o fado. Parabéns a António Paiva por fazer chegar um fado tão bem interpretado, e com alma, até este canto do oriente.

Para os mais curiosos: http://www.oquestrada.com/
Não percam uma exibição ao vivo (16 de Junho - Fundão, 21 de Julho - Bragança, 10, 11 e 12 de Agosto - Centro Cultural de Belém)

O concerto inseriu-se no XVIII Festival de Artes de Macau e realizou-se no Cine Teatro D. Pedro V. Um edifício que faz parte do património histórico mundial de Macau, classificação atribuída pela Unesco. Foi construído em 1860, tendo sido o primeiro teatro de estilo ocidental na China, com capacidade para 300 pessoas.
Aqui seguem algumas fotos tiradas com telemóvel.




Depois disso, mais uma viagem gastronómica desta vez até à Índia. Muito bom ;)

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