O dia das artes plásticas
Sábado. Chovia e chovia. Decidimos ir almoçar a um restaurante português, Casa Nostra, mas a única tónica portuguesa era a alimentação, que é o que interessa, pois os empregados eram talvez filipinos e a decoração muito sóbria, que poderia pertencer a qualquer ponto do mundo. Comemos Peru assado com batata assada.
Dentro deste pequeno território vamos fazendo as nossas viagens gastronómicas.
A uns metros fica o Centro Cultural de Macau, onde fomos, mas sem qualquer objectivo específico. A meio do caminho o objectivo rapidamente se definiu à medida que S. Pedro se zangava: abrigarmo-nos da chuva. O calor abafado mantinha-se, mas quando chove, chove mesmo.
Entramos por uma das portas laterais onde tinha escrito: Museu de Arte. 5 andares, 5 galerias. 5 patacas (50cênt.). Visitámos as colecções patentes: caligrafias, pinturas e sinetes de Guangdong das dinastias Ming e Qing (Galeria da Caligrafia), os quadros históricos, produzidos em Macau e zonas vizinhas no século XIX (Galeria de Pintura histórica). Nestes quadros podia ver-se Macau há umas dezenas de anos, assente na ilha intacta, sem aterros. Belas baías, como a da praia grande.
Mais de 300 peças de cerâmica, representativas da cultura chinesa (Galeria de Cerâmica chinesa). PORMENOR DE UM TELHADO
Há também um espaço dedicado a exposições temporárias, como é o caso de “Edictus Ridiculum, as mais recentes criações de Konstantin Bessmertny”. Obras muito interessantes, com humor e uma ligação muito forte à vida de Macau. A vida do jogo, a vida em sociedade ou do quotidiano vistas de uma perspectiva do absurdo. Pintura em tela e objectos, como velhos violoncelos ou pianos, e instalações.
O artista é russo, mas está há alguns anos radicado em Macau.
CARTAZ DA EXPOSIÇÃO
PORMENORES:
O guarda-chuva fica à porta, mas desta vez num bengaleiro self-service.
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