leite amarelado e sumo luso


Quando vi o leite amarelado a ser colocado no chá, pensei cá para os meus botões “aquele leite deve estar estragado, só pode”. Claro que reflectia naquele momento uma ingenuidade absoluta. A empregada do bar estava a misturar leite de soja, muito comum e também por isso mais barato na região. O leite “normal” é mais difícil de encontrar e se for magro então ainda pior. É tudo importado, já que aqui não há um palmo de terra que possa albergar vacas a pastar.
A solução é mesmo tentar uma adaptação ao leite de soja. Começo por misturá-lo com o chá, que já aprendi a gostar e, numa segunda fase, com os cereais.
Deve ser psicológico, mas parece-me melhor do que aquele que já tentei beber em Portugal.
Mas porque é que na fotografia está um pacote de sumo Compal?
Porque ao falar de pacotes tinha mesmo de falar deste, tão luso. Como é que este sumo produzido em Portugal consegue ser mais barato aqui, mesmo depois de uma longa viagem, das taxas de importação, percentagens para intermediários, lucros para o retalhista do supermercado que o vende. Ora, ou a companhia portuguesa quer dar um rebuçado aos portugueses que aqui estão longe, ou os impostos em Portugal são mesmo elevados.
Lembro-me de ter comprado um pacote num minimercado (que já sabemos que é mais caro) em Portugal, em Dezembro de 2007, e paguei 1,15€. Em Macau custa, neste momento, 11 patacas (0,94€).
E vivam os impostos!

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