mais amiguinhos para omeugatoamarelo

No jardim tipicamente chinês Lou Lim Ieoc, que visitei hoje.

Está desenhado de acordo com as regras do "Feng Shui" (feng=vento shui=água >arte milenar oriental que coloca as coisas no sítio certo de acordo com os fluxos energéticos criando equilíbrio e bem estar). Tem lagos, ponte com nove curvas, pagodes, flores de lotus e praticantes de "tai chi".Por falar em "Feng Shui", há casa coloniais fechadas, por habitar, porque os macaenses consideram que não têm bom "Feng Shui"...

Novamente no chinês...



Ora bem....isto é porco panado com batatas, arroz, caril e picante. É a segunda vez que peço este prato. A primeira fiquei à rasca porque é picante e disse "nunca mais peço este", mas só quando chegou à mesa é que vi o que era.... só espero é que depois destas duas não haja uma terceira. É mesmo picante. Normalmente servem chá quente a acompanhar no copos brancos que se vêem na imagem, e não precisamos de pagar, mas desta vez tive de pedir chá gelado. Só eu....
Legumes cozidos (grelos). Este garfo apareceu aqui porque é de alguém que não se ajeita com os "pauzinhos" e não sou eu :). Costumam passar-se por molho de soja que está na tacinha ao lado.

Perto de casa e nem tinha dado conta:)

No passado fim-de-semana decidimos dar uma volta até à Fortaleza do Monte, muito próximo do beco onde moramos, mas a verdade é que nunca tinha percebido que estava logo ali, tão perto. Com os prédios altos não dá para ver. Já tinha pensado ir lá e sabia o caminho a tomar, que era uma volta enorme:) Na fortaleza do Monte encontra-se talvez o maior testemunho da presença de portugueses de outrora. Uma fortaleza no alto de um monte, com canhões só podia mesmo ser portuguesa. Data do século XVII. Já quando estivemos em Timor, no ano passado, encontrámos algo semelhante.
Os muros, dizem, estão bem conservados. Eu cá acho que não. Parece um pouco abandonado à sua sorte e à sorte da humidade. Mas vale mesmo é pela vista que proporciona por toda a cidade que, estando sempre envolta num manto cinzento desde que cheguei, não dá para vislumbrar muito.

Na fortaleza, umas escadas rolantes mais abaixo, está o Museu de Macau. Nesse dia não o visitámos e guardámos para outra altura. O almoço aproximava-se e era preciso ir ...onde?...ao restaurante chinês outra vez. Seguimos pelas ruínas de S. Paulo, depois pela rua da Palha onde eu gosto de comer pastéis de nata. Depois de romper a multidão chegámos ao restaurante. Estava à pinha. Mas vale sempre a pena...hummmm

Aula de Gwóng-D­­ung-Wá

Recordar os tons
Marcadores (acentos e –h) e um exercício

~(uso til ~ porque não tenho acento recto no computador)
Tom Alto horizontal -Ã
ex: sãam

´
Tom Alto e subido -Á
ex: gáu

nenhum
Tom Médio horizontal - A
ex: sei

` (+h) O –h é aspirado
Tom Baixo e descido -Àh
ex: lìhng

´(+h)
Tom Baixo e subido - Áh
ex: ´ngh (um ...de boca fechada)

Nenhum (+h)
Tom Baixo horizontal - ah
ex: luhk


Os números Sou-muhk-jih

0 lìhng (diz-se leng)
1 yãt
2 yih
3 sãam
4 sei
5 ´ngh (este é nasal, tipo dizer um de boca fechada)
6 luhk (lê-se lok)
7 chãt
8 baat
9 gáu
10 sahp
11 sahp-yãt
12 sahp-yih
13 sahp-sãam

20 yih-sahp
21 yih-sahp-yãt
22 yih-sahp-yih

30 sãam-sahp
40 sei-sahp

100 yãt-baak
1000 yãt-chìn
10 000 yãt-maan
1 milhão yãt-baak-maan

2007 - yih-lìhng-lìhng-chat-nihn (esta última palavra quer dizer ...ano)

Meses Yuht-fahn

Janeiro Yãt-yuht (neste caso não se lê o-t)
Fevereiro Yih-yuht
Março sãam- yuht
Abril sei-yuht
Maio ´ngh- yuht
Junho luhk-yuht
Julho chãt-yuht
Agosto baat-yuht
Setembro gáu-yuht
Outubro sahp-yuht
Novembro yãt-sahp-yuht
Dezembro yih-sahp-yuht

Dias da Semana Sing-Kàih
Podem ser ditos de duas formas
Segunda-feira > Sing-kèih-yãt / láih-baai-yãt
Terça-feira > Sing-kèih-yih / láih-baai-yih
Quarta-feira > Sing-kèih-sãam / “
Quinta-feira > Sing-kèih-sei / “
Sexta-feira > Sing-kèih-´ngh/”
Sábado > Sing-kèih-luhk/ ”
Domingo > Sing-kèih-yaht/”

Que dia é hoje?
Gam-yaht haih géi-do houh a? (o -g lê-se sempre -g e não -j)
Hoje é dia 28 de Março.
Gam-yaht haih sãam-yuht yih-sahp-baat houh


A melhor tecnologia!

Para tirar um visto para ir à China, ou outros documentos, por vezes são necessárias fotos tipo passe.
A tecnologia é tão avançada que podes voltar a fazer mais cópias, levando a DISQUETE novamente ao fotógrafo.
No meu portátil já nem dá para usar disquetes hahahahaha.

As portas

Esta é a porta de um apartamento do andar de baixo. São quase todas assim por aqui. Ou seja, uma "porta-forte" em inox ou ferro, seguindo-se uma porta normal em madeira.
À entrada os incensos e um balde em metal para ir queimando notas de papel (cópias, espécimes), para dar sorte. Tem que ver com a religião, que ainda não percebi muito bem qual é. Penso que será o budismo.
Na porta, vê-se um pedaço de pano a tapar uma parte porque, por vezes, têm a porta de dentro aberta e assim sempre têm um pouquito de provacidade. Não é que se preocupem muito com isso.
Dá para espreitar e ver que dentro de casa têm altares, com luzes vermelhas e oferendas, como se fosse um templo. Esses altares existem em todo o lado, até nas lojas comerciais, ainda que mais pequenos, ou nas oficinas mecânicas, por exemplo.
As "portas-forte" fazem um bocado de barulho ao fechar, o que incomoda, principalmente à noite ou de manhã cedo. rgrhhrrrrrrr

tema pouco interessante: obras

Macau parece que anda sempre em obras. Não sei se é fruto de um desenvolvimento exacerbado ou se uma coincidência. Não param. Apartamentos e lojas em operações de maquilhagem parcial ou total. Grandes casinos em construção. Aterros, roubando espaço ao mar/rio, continuam a ser feitos para alargar a cidade.
Um pormenor que achei curioso é que os andaimes são feitos em bambú.
Outro facto que achei interessante é que nesta profissão não há discriminações. Aqui trabalham lado a lado, e executando as mesmas tarefas, homens e mulheres.

o gato amarelo encontrou um amigo

Ruelas estreitas que mais pareciam bairros de lata no centro de Macau. Avançamos. A algum sítio iriam encaminhar-nos. Enquanto tentava fotografar o interior de uma casa, tipo big brother, petrifiquei de susto quando dois cães sairam disparados a ladrar. Nem ao dono obedeciam.O Rog não teve receio nenhum, mas eu só queria era sair dali. Realmente cães não são o meu forte.
Valeu-me depois o facto de encontrarmos um amiguinho para omeugatoamarelo.
Era de umas meninas que andavam a passeá-lo de trela na rua.Vi poucos gatos por cá, provavelmente porque ficam fechados nos apartamentos, no entanto os poucos que vi eram amarelos. Em Roma sê romano, no oriente, se não podes ter olhos pequeninos, pelo menos sê amarelo:)

Gato amarelo que sorris
Gato que mias e saúdas
Gato doce e melancólico
Passeando pelas ruas
Ao lado de bobos, arlequins
Vendedores, alcoólicos
E crianças distraídas
Bonito gato amarelo!

sg

Para a sobrinha Cátia :)

Aproxima-se o fim-de-semana e muito por contar

Aproxima-se um fim-de-semana e ainda não tive oportunidade de vos contar onde estive no anterior. Eu e Rog fomos dar uma volta até ao Jardim de Camões. Um dos únicos espaços verdes de Macau, onde nos conseguimos abstrair do reboliço, das multidões, das máquinas nas obras, do monóxido de carbono.
Logo à entrada encontravam-se máquinas para exercício físico, especialmente destinadas aos mais velhos. Parecem autênticos ginásios ao ar livre e toda a gente adere. O que me aconteceu quando saí de uma das máquinas foi sentir que não tinha os pés assentes no chão, algumas tonturas hehe. Deve ser do hábito.

Este jardim é também um espaço para estar sentado sem nada fazer, para ler, para as crianças brincarem nos espaços infantis, para jogar xadrez chinês, para observar a vista para o outro lado do rio das pérolas e para massagens aos pés. Uau!! Quando vimos uma placa a indicar massagens aos pés, pensámos "onde estavam que não vimos!?!?". Continuámos a visita pelo Parque até porque queríamos ver o nosso querido Camões. Ainda não o tínhamos encontrado.

Deparámo-nos com uma senhora a caminhar com ajuda do filho (deduzi que fosse o filho), descalça. De repente fez-me lembrar as romarias portuguesas, os sacrifícios em torno das igrejas e coisas afins. Mas, fez-se um click. A senhora estava a fazer massagens aos pés...não havia massagistas, mas sim uma "carpete" de pedras pequenas e redondas, avermelhadas. Ali estavam as massagens. Claro que eu e Rog tínhamos de experimentar. Até dava vontade de rir pelo facto de magoarem. Estranho. Mas garante o Rog que resulta. Eu, confesso, andei pouco naquilo e não senti o efeito talvez por me concentrar na impressão ou ligeira dor que me provocava.
Depois desta aventura, lá encontrámos o Camões, na companhia de uma senhora que se "chicoteava" de exercício físico:).
Tanto ando a pé de um lado para o outro que os meus ténis começaram a abrir uma boca de sapo. São tão confortáveis.... "Tenho de encontrar um sapateiro", pensei. Uma vez vi um instalado na entrada de um prédio. "Quando regressar paro aqui". Regressei, mas já nem tenho a certeza se foi pela mesma rua, e não havia sapateiro em lado algum. Hoje, finalmente, encontrei-o. Com mais de 65 anos, olhos muito pequeninos, quase fechados, ar sorridente. Na cabeça, um chapéu com padrão tipo tropa.
Apontei para a "boca de sapo" dos meus ténis. Com um gesto ele disse para me sentar numa cadeira que estava perto. Descalcei-me.

Claro que não parei de disparar a minha máquina, mas pelo facto de ele estar na sombra e ao mesmo tempo a ser iluminado por uma claridade forte, não consegui controlar a luz, reflexo do meu amadorismo. Ao pé cochinho, com carteira à tiracolo, casaco e jornal na mão, máquina na outra, e stressada porque não é fácil conseguir fotografar alguém assim tão perto por estas bandas.
Com um leque de palha abanava o meu ténis para a cola secar, depois com martelo finalizou. O normal para trabalho de sapateiro.
No final ele mostra-me uma nota de 10 patacas (cerca de 1€, o preço de um café aqui), para me indicar o valor. Paguei e pedi para tirar foto. Queria uma de rosto, daquele rosto oriental tão simpático, já que as outras fotos estavam a correr mal, mas ele não autorizou, mas sempre com o seu ar sorridente.

Que venha a primavera ao Oriente!!! ...vejo raios de sol!!!

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é. Alberto Caeiro

*Jardim de Camões, Macau

Imprensa Portuguesa em Macau

Mercados e supermercados

supermercado
legumes no supermercado mercadoCada esquina, uma loja. Seja do que for. Os supermercados são gigantescos, com vários andares e milhares de produtos que não se sabe muito bem para que servem, mas a verdade é que há de tudo para todos os gostos e necessidades, incluindo lulas secas em pacote como as batatas fritas. Pelos vistos é um petisco muito apreciado.
Produtos europeus, incluindo portugueses, há muitos: vinho do Dão, Alentejo, etc; cremes Nívea; sumos e enlatados Compal, águas Luso, azeite Galo, bacalhau (uma posta custa tanto como um bacalhau inteiro), etc, etc. Não nos sentimos propriamente obrigados a absorver a cultura local. Conseguimos que Portugal esteja presente um pouco por todo o lado, e, claro, na mesa também. “É uma casa portuguesa, é concerteza uma casa portuguesa.”
Já nos mercados as coisas funcionam de forma ligeiramente diferente. Os produtos são muito mais baratos do que nos supermercados e a simpatia reina. Comunicar torna-se difícil, mas desde que se possa apontar e se saibam os números a transacção é fácil. Não foi à toa que os portugueses se deram bem pelo mundo fora nos seus negócios.
Bancas de peixe, alguns deles ainda vivos, e de carne, fruta e legumes. Normalmente compro fruta e legumes e ainda posso trazer coentros como oferta (aqui os alentejanos estariam muito bem. É ver coentros em todo o lado.). Molhos de grelos, cenouras gigantes e nabos que mais parecem cenouras, cebolinho, batatas.
Uma das bancas que me impressionou foi a das galinhas/frangos. Ainda em gaiolas, vivos. É só escolher e depois matam-nos e preparam-nos na hora. Carne fresquinha!!! E em Portugal há quem se preocupe com as galinhas à solta por causa da gripe das aves.
Em torno dos mercados há sempre barraquinhas ora de roupa, de fruta, ou de petiscos (que não me atrevi a provar, nem me sinto tentada!).
À parte de supermercados e mercados, e de haver produtos portugueses ou não, os cheiros, odores e aromas são algo difícil de transpor. O arroz tem um sabor característico evitando que o paladar português venha à tona, mesmo quando se cozinha em casa. E o cheiro do incenso pelas ruas é uma constante.

Dia do Pai

Se faltarem ideias, que tal uma tela com o amiguinho David Beckham...!!!! Que por acaso faz anos no mesmo dia que eu...uauau!
Hummm..esta sugestão seria mais para o dia da mãe não era ?!?! :)

o dinheiro voa

Em Macau, a moeda que circula é a pataca.
500 patacas - equivalente a 50 €
100 patacas - equivalente a 10€
20 patacas - equivalente a 2€
10 patacas - equivalente a 1€
5 patacas - equivalente a 0,50€
1 pataca - equivalente a 0,10€
50 avos - equivalente a 0,05€
10 avos - equivalente a 0,01€

No dia-a-dia, para saber o preço dos produtos, faço a conversão retirando um zero à direita.
A título de curiosidade:
1 viagem de autocarro é 2,5 patacas (0,25€) - mas andar de autocarro é uma seca. Não há prioridade a este tipo de transporte, nem há corredores BUS.
1 ananás já descascado no mercado é 5 patacas (0,50€). No mercado é tudo muito mais barato do que nos supermercados.
1 refeição no chinês é 30 patacas (3€)
1 refeição no macaense é 25 patacas (2,5€)
1 refeição no português - incluindo bebidas, sobremesas e digestivos (jantar de grupo) é 150 patacas (15€)
1 tratamento no dentista é 400 patacas (40€)
1 pastel de nata é 6 patacas (0,60€)
Algumas coisas são pechincha, outras são exactamente o mesmo preço que em Portugal.

Variedade gastronómica

Este fim-de-semana foi uma variedade gastronómica: chinês, macaense e português.
No chinês come-se com pauzinhos, a bebida que servem é chá, não têm por hábito por guardanapos na mesa. Os pratos à escolha são muitos, mas a base é quase sempre a mesma, ora massa, ora arroz. Eu cá prefiro os de massa. E sempre acompanhados de legumes, normalmente grelos e pimentos. Comi massa com vaca, pimentos e molho chilli. "Esta quente!" penso eu nesta fotografia. Muito bom, garanto-vos.

Segundo uma foto que se encontra à entrada, o Dr. Mário Soares também já esteve aqui.

No macaense comi Minchi, um prato tradicional feito com carne picada e batatas fritas cortadas aos cubinhos, que reflecte bem as misturas ocidentais (portuguesas) e orientais. Claro que aqui servem tudo com arroz, e lá vinha o arroz sempre com o mesmo sabor característico. A bebida a acompanhar era também chá. Para comer em vez de pauzinhos é garfo e colher.

Do restaurante português não tenho fotografias. Situa-se numa rua típica da ilha da Taipa, que é uma das ilhas que fazem parte de Macau, juntamente com Coloane. Está ligada a Macau por uma ponte. Comi carne de porco à alentejana com faca e garfo :) Bebi vinho tinto e sangria.




caos ou organização...

À entrada dos prédios é normal encontrar imensas campainhas amontoadas e caixas de correio. Por acaso o portão da loja ao lado é bastante colorido, porque normalmente são cinzentões.

iniciação ao Gwong-dung-wa

Logo na primeira semana, graças a uma jornalista portuguesa residente em Macau, a Marta Melo (Obrigada, Marta!), tive conhecimento que iria começar um curso de cantonense, o dialecto que se fala por aqui.
Inscrevi-me, paguei 250 patacas (cerca de 25 euros). As aulas decorrem duas vezes por semana, à segunda e quinta-feira, entre as 18h30 e as 20h10 (10h30 e 12h10 hora portuguesa).

A primeira aula foi na segunda-feira, 13 de Março. Dentro da sala, encontravam-se muitos portugueses que trabalham cá ou que vieram através do programa Contacto (estágio profissional).

Esta foi uma introdução à língua, para conhecer os tons, que é a parte (parece-me) mais complicada. Existem 9 tons em cantonense, mas neste módulo vamos aprender apenas 6.

Eis um exercício:
Ao fundo, os -Si têm diferentes tons consoante o marcador (acentos + h). Mas se para vocês é uma coisa estranha, não duvidem que para mim também é. Não consigo distinguir os tons :)

Eis algumas palavras:
gáu = cão
gai = galinha (tem acento recto no -a)
saang gwó = fruta (tem acento recto no -a)
pàhng yáuh = amigo
néih hou = saudação
Ma = mãe (tem acento recto no -a)
Máh = cavalo
Hok saang = estudante (tem acento recto no primeiro -a)
Lóuh-si = professor
2007 = yih lihng lihng chat nihn
Março = Saan yuht (tem acento recto no primeiro -a)

Local onde se realiza o curso:

Ir até Zhuhai

Ir até Zhuhai é ir até à China, do outro lado da fronteira, nos limites da cidade, a norte de Macau. Uma fronteira como todas as outras, em que é necessário passar pelo controlo com passaporte na mão e visto. Muita gente, como é natural por estas bandas, onde quer que passe. Homens, mulheres com crianças ao colo ou dependuradas nas costas, idosas curvadas do peso da idade e do peso dos sacos que levam consigo. Grandes e pesados. O passo é arrastado, miudinho e apressado.
Ir até Zhuhai é ir fazer compras mais baratas. E sábado foi o dia escolhido.
Milhares de lojas chinesas concentradas num centro comercial enorme, cheio de corredores e apinhado de gente, claro. Mas não tem nada que ver com os centros comerciais europeus. Massagens muito baratas, tecnologia barata, roupa, calçado, cd’s e dvd’s, artesanato chinês, chá, bugigangas, etc, etc. Na loja dos dvd’s até se fala algum português: “filme muito bom. legendas inglês. Esse não é bom, legendas russo.”
Mas é preciso negociar sempre. Se não houver regateio o chinês até fica ofendido. E é preciso saber regatear bem, pois também é possível trazer produtos mais caros, relativamente a Macau. E, no que diz respeito à tecnologia, trazer qualquer coisa avariada é normal. É preciso ter cuidado.
A moeda que se usa aqui é o renmibi (moeda da China), mas se tentarmos fazer o câmbio por estas bandas, corremos o risco de levar dinheiro falso no bolso. O melhor mesmo é ir prevenido. Há quem também aceite patacas. Há artigos que podem custar 10 patacas (cerca de 1€) ou 100 (cerca de 10€). Por este valor comprei um tripé para a minha máquina fotográfica.
Hei-de lá voltar para trazer “recuerdos” para Portugal porque realmente é um mundo! Ah…e para uma massagem que é, dizem, muito barato.


Praça do Senado (praça central de Macau, onde se encontram os serviços municipais). À noite está tudo muito sossegado. Poucos carros, lambretas ou pessoas na rua. Porém, não se sente a insegurança que provavelmente se sentiria em Portugal no início de madrugada. Estas fotos nocturnas não são as melhores. Foram tiradas sem uso de tripé, mas agora já comprei um e certamente que conseguirei fazer melhores fotos.
Av. Almeida Ribeiro que passa frente ao Senado.

vai um pastel de nata?


Os pastéis de nata são muito bons. A massa folhada é igual, mas o creme é ligeiramente diferente. Não é tão cremoso, mas é igualmente delicioso.
Estas máquinas servem para os manter quentinhos....hummmmmmmmmmmm

Ruínas de S. Paulo

As Ruínas de S. Paulo são o ponto de confluência turística em Macau. Referem-se à fachada da antiga igreja da Madre de Deus, construída em 1602-1640 e às ruínas do Colégio de S. Paulo, que ficava localizado perto da igreja, os quais foram destruídos por um incêndio em 1835. Eram construções jesuítas.
Hoje a fachada da igreja funciona simbolicamente como um altar da cidade. Para lá da fachada existem apenas reconstituições do que seria a igreja em tempos, raros vestígios e um museu de arte sacra, muito pequeno.


* Vista das Ruínas de S. Paulo. O edifício amarelo, ao estilo colonial português, é actualmente a Fundação Macau. O edifício enorme ao fundo, ainda em construção, é o mais recente casino: Grand Lisboa.


o frio não me demove!

3h em Portugal, 11h em Macau.
Quarta-feira. sono, mais ou menos regularizado, frio lá fora (mínima 13 e máxima 16).
Na mala veio roupa de verão, pouca para tempo frio. "E esta hein. Agora é que te tramaste".
Os dias passam devagar, o tempo está por minha conta. Ainda não visitei muitas coisas, pois tenho o tempo neste lado do mundo para isso. Mas hoje vou visitar o ex-libris de Macau: ruínas de S. Paulo. Já andei pelas ruas, mas foi apenas numa primeira visita de reconhecimento, misturando-me com os macaenses. Conheci jornalista portuguesa em Macau e visitei a rádio onde trabalha, cruzei-me também com jornalista acabada de chegar para trabalhar num jornal.
Vi alguns dos 24 (se não estou em erro) casinos existentes.
Ontem andei a fazer compras, mas não me entendo com o dinheiro, nem com a língua. As batatas foram compradas na rua à custa de gestos e gargalhadas da comerciante macaense. O preço das bananas, numa outra lojinha, foi dito em cantonense. “English?”. Vá lá que a filha soube responder-me. UFA!
Aqui há de tudo: Mango, Macdonald’s, telemóveis de todas as cores e feitios, macaenses magríssimas e de saias curtíssimas, cortes de cabelo radicais e espevitados, lambretas em tudo quanto é sítio. Eu olho mais para eles com admiração, do que eles para mim, que sou ocidental.
Além das compras, fiquei por casa. Aqui está a vista da varanda do primeiro andar, onde moro nestes meses.