Let’s Gamble



Money makes de world go round, the world go round….A música acompanhava o espectáculo de água, som e luz que decorria frente ao casino Wynn Macau, e que se apresenta todos os dias, de 15 em 15 minutos, num pequeno lago, sempre com música diferente.
Duas portas de acesso, uma ao hotel e outra para o casino. Perguntámos aos porteiros pelo restaurante. Um dos porteiros tinha tez pouco oriental. Não resisti e perguntei a nacionalidade. Resposta: China. Quase impossível, pois não se parecia nada com os chineses, com olhos claros e pele branca, como lhe referi. Ele concordou. Depois percebi porquê. Ele pertence a uma zona da China que fica próxima do Cazaquistão: são Uigures, mais parecidos com turcos ou soviéticos e nem falam mandarim. Intrigou-me e por isso perguntei, porque nos casinos normalmente pedem pessoas que dominem o mandarim e ele parecia-me ocidental.
Seguimos viagem à procura do restaurante, que, na nossa ignorância, pensámos ser só um em tão grande complexo. Havia 4 restaurantes, entre eles um italiano. Optámos pelo chinês, já que o italiano parecia ser mais caro e necessitava de reserva. Mas a opção não foi a mais acertada. Apesar da ementa estar em inglês, não percebíamos muito bem que tipo de pratos eram aqueles, mas arriscámos. Tantas vezes pensámos no Macdonald’s que fica umas ruas acima, enquanto tentávamos jantar. No final a conta não foi assim tão elevada (cerca de 32€).
O espaço, tanto o do restaurante como o das salas de jogo ou lojas, era muito bonito, muito alegre, com alcatifas coloridas e candeeiros faustosos. O casino cheira a novo. Foi inaugurado em Janeiro deste ano (2007), sendo propriedade de Steve Wynn, que importou o conceito de Las vegas onde detém outros casinos.
Contribuímos com 200 HKdollars (cerca de 20€) para o sucesso do Sr. Steve, jogando nas slot machines. Claro está que foi dinheiro deitado fora, no fundo dinheiro que comprou esta pequena experiência. Mas havia maiores contribuintes, que colocavam nas máquinas notas de 1000 HKdollars (cerca de 100€) e nada ganhavam. E se ganhavam, já se sabe como é no jogo, voltavam a jogar.
No total, o Wynn possui 200 mesas de jogo. http://www.wynnmacau.com


Do outro lado da rua, visitámos o casino Lisboa, um dos mais antigos e emblemáticos, e ao lado o Grand Lisboa, ambos pertencentes ao magnata de Macau, Santley Ho, que detém outras 16 estruturas de jogo. O Casino Lisboa tinha um cheiro entranhado a tabaco, nas alcatifas de cores mortiças, ou desgastadas. O espaço era pequeno. Um sr. ia apostando as fichas, sempre espicaçado, deduzo que pela mãe, sentada ao lado. Lá ia ganhando, mas assim ganhava, assim apostava.

Uma ponte envidraçada liga este “velho” e carismático casino ao Grand Lisboa, inaugurado em Fevereiro deste ano (2007). Optámos pela entrada exterior, encimada por uma grande bola iluminada, semelhante a uma bola de cristal (perímetro de 100metros e altura de 50metros). Com 258 metros de altura é o edifício mais alto de Macau, avistando-se em qualquer ponto da cidade. Emprega cerca de 3000 pessoas e é considerado, para já, o maior casino com 240 mesas de jogo, distribuídas por 3 ou 4 andares. Num deles apresentava-se o típico show de bailarinas de corpo escultural e rosto ocidental.

Las Vegas do Oriente?


Macau cujo centro histórico é património mundial, vê crescer todos os dias o deslumbramento dos casinos. O turismo começa a modificar-se e as atracções são os grandes, majestosos e iluminados 25 casinos, a funcionar 24 horas por dia. Os “jogadores” provêm, acima de tudo, da china continental. Só é permitida a entrada a maiores de 18 anos. Membros do governo da RAEM (Região Especial Administrativa de Macau) não estão autorizados a jogar.

Prevê-se que este ano (2007) a batalha dos grandes magnatas de Las Vegas seja travada em Macau, que ultrapassará aquela cidade, subindo ao pódio da capital do jogo mundial.
Quase todos se situam nas zonas novas, que são terrenos conquistados ao mar (NAPE), através de aterros, e em estudo estão outros para uma nova zona entre a ilha da Taipa e Coloane, designada de COTAI, como é o caso do Venetian.
“Quero regressar a Macau, mas para ver os casinos. Não gosto de jogar, mas quero ver os casinos” revelou um emigrante chinês em S. Francisco, de visita à China, num encontro ocasional que tivemos com ele num avião.

tarefa terminada

Antes de partir deixo algo terminado. Ora aqui está!
FRENTE


VERSO

Previstos e imprevistos

Ir a Zuhai para as últimas compritas, antes de vir para Portugal, e ir a um espectáculo de dança multimédia era o que estava previsto para Sábado.
E tudo se cumpriu. O espectáculo foi no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau, que tem cerca de 300 lugares e encheu para este espectáculo. Dança contemporânea com projecção de vídeo, do austríaco Klaus Obermaier: “DAVE – Digital Amplified Video Engine”. A projecção foi feita sobre o corpo, evitando imagens de fundo convencionais, pertencendo ao próprio corpo, ganhando forma e vida nele. Esse corpo, tela de projecção, pertencia ao bailarino Chris Haring, o único em palco. Uma forma interessante de usar o vídeo, sem dúvida, mostrando motores de mudança que agem sobre o corpo, além do envelhecimento. Já quanto à música, era muito previsível, quase cliché. Música digital manipulada por computador que soava a qualquer outra música digital. O habitual em muitas performances de dança contemporânea…Neste aspecto, nada de surpreendente, mas o espectáculo em si posso considerar de bom, pela ideia, trabalho conjunto e performance do bailarino.

Os atrasados entraram na sala e foram encaminhados aos lugares, nem que esses lugares fossem nas filas da frente. Criava distracção, sem dúvida.

Outra distracção foram os arrotos (vários e seguidos – muito normal em Macau) da sra que estava sentada imediatamente na fila atrás. No final, quando as luzes acenderam, tivemos curiosidade de saber que pessoa era. Percebemos que a sra. estava grávida e demos um desconto.

Depois fomos jantar a um restaurante português onde ainda não tinha ido: D. Afonso III. A comida era boa, mas o atendimento feito por filipinos (mão-de-obra abundante e barata) era demasiado frio para me sentir próxima de Portugal. Não repetiria a experiência.

Em seguida, fomos tomar um copo com uma amiga a uma esplanada. Entrámos porque cá fora estava demasiado calor (às 22h30). E ainda bem, porque passado pouco tempo começou a chover ...muito...acompanhado de trovoada!
Cerveja, após cerveja (eu com um chá esquisito de ginseng). Numa outra mesa, também um chinês ia bebendo cervejas após cervejas. Já depois do café ter encerrado a entrada de clientes, às 2h00, com as cordas vocais aquecidas, esse sr. pediu Karaoke (muito popular por estas bandas) e espicaçou-nos a participar. Valeu-nos essa amiga que tem uma bela voz! E, sem contar, acabei por assistir ao karaoke em Macau, que por ser tão popular e todos gostarem de cantar, sentia curiosidade em ver como funcionava.
A madrugada ia alta e nós a caminho de casa. Pelas ruas havia quem trabalhasse, por exemplo os “jornaleiros” que iam buscar os exemplares para vender no seu quiosque.

Ja sabem como é...

...eu e os gatos..é paixão para toda a vida.
Este é um gatinho que costuma estar na mercearia por onde passo muitas vezes. E o gato está lá, ao final do dia, sempre no mesmo sítio a dormir. Pensei muitas vezes que não podia ir embora sem o fotografar. Ora aqui está ele, deitado em cima da vitrine e por baixo estão petiscos que o dono vende ou come.
E esta hein...Perfeita comunhão entre comida e gatinho :) E ele nem lhes liga!

O'questrada no Festival de Artes

Não está a ser fácil actualizar o blog. Estou a queimar os últimos cartuchos e quero absorver ao máximo o que me resta. Também ando a preparar trabalho em Portugal o que me deixa mais ocupada e com horários malucos, por causa do fuso horário. Mas aqui vai…


Ora, Domingo passado foi dia de O’questrada. Um grupo português que tem um estilo muito próprio, muito interessante, genuíno e que vale muito a pena ver ao vivo. Desde a forma como se apresentam, os trajes, os adereços, os instrumentos, e a forma diversificada e polivalente como os tocam, até às próprias letras e músicas. Definir o seu estilo é quase tarefa impossível. Ouvimos cruzamentos e influências de Fado, Ska, Pop, Funaná, versões completamente diferentes de outras canções, que faz com que nos esqueçamos rapidamente da versão original. Os elementos do grupo, misto de nacionalidades, também lhes conferem uma caracterização particular. Os cinco músicos divertem-nos com guitarra portuguesa, acordeão, contrabacia, guitarra, voz , percussão.... Aliás, um desses instrumentos é impressionante: a contrabacia, que é literalmente uma bacia verde de plástico virada ao contrário com uma corda saída do centro e que fica presa a um pau. E assim se faz música. Sonoridades que nos "obrigam" a repescar ao nosso inconsciente a alegria das festas populares, das festas de bairro, em que cada um tem um papel importante a desempenhar.
O músico convidado para este concerto ofereceu-nos uma forma sentida e forte de se cantar o fado. Parabéns a António Paiva por fazer chegar um fado tão bem interpretado, e com alma, até este canto do oriente.

Para os mais curiosos: http://www.oquestrada.com/
Não percam uma exibição ao vivo (16 de Junho - Fundão, 21 de Julho - Bragança, 10, 11 e 12 de Agosto - Centro Cultural de Belém)

O concerto inseriu-se no XVIII Festival de Artes de Macau e realizou-se no Cine Teatro D. Pedro V. Um edifício que faz parte do património histórico mundial de Macau, classificação atribuída pela Unesco. Foi construído em 1860, tendo sido o primeiro teatro de estilo ocidental na China, com capacidade para 300 pessoas.
Aqui seguem algumas fotos tiradas com telemóvel.




Depois disso, mais uma viagem gastronómica desta vez até à Índia. Muito bom ;)

O dia das artes plásticas


Sábado. Chovia e chovia. Decidimos ir almoçar a um restaurante português, Casa Nostra, mas a única tónica portuguesa era a alimentação, que é o que interessa, pois os empregados eram talvez filipinos e a decoração muito sóbria, que poderia pertencer a qualquer ponto do mundo. Comemos Peru assado com batata assada.
Dentro deste pequeno território vamos fazendo as nossas viagens gastronómicas.
A uns metros fica o Centro Cultural de Macau, onde fomos, mas sem qualquer objectivo específico. A meio do caminho o objectivo rapidamente se definiu à medida que S. Pedro se zangava: abrigarmo-nos da chuva. O calor abafado mantinha-se, mas quando chove, chove mesmo.

Entramos por uma das portas laterais onde tinha escrito: Museu de Arte. 5 andares, 5 galerias. 5 patacas (50cênt.). Visitámos as colecções patentes: caligrafias, pinturas e sinetes de Guangdong das dinastias Ming e Qing (Galeria da Caligrafia), os quadros históricos, produzidos em Macau e zonas vizinhas no século XIX (Galeria de Pintura histórica). Nestes quadros podia ver-se Macau há umas dezenas de anos, assente na ilha intacta, sem aterros. Belas baías, como a da praia grande.
Mais de 300 peças de cerâmica, representativas da cultura chinesa (Galeria de Cerâmica chinesa). PORMENOR DE UM TELHADO
Há também um espaço dedicado a exposições temporárias, como é o caso de “Edictus Ridiculum, as mais recentes criações de Konstantin Bessmertny”. Obras muito interessantes, com humor e uma ligação muito forte à vida de Macau. A vida do jogo, a vida em sociedade ou do quotidiano vistas de uma perspectiva do absurdo. Pintura em tela e objectos, como velhos violoncelos ou pianos, e instalações.
O artista é russo, mas está há alguns anos radicado em Macau.

CARTAZ DA EXPOSIÇÃO

PORMENORES:
O guarda-chuva fica à porta, mas desta vez num bengaleiro self-service.

A Portuguesa no café

Saí para tomar café, num pequeno café de esquina que tem um toque ocidental. O café expresso nem é mau, no entanto um pouco semelhante ao café que fazemos em casa. Levei alguns contos comigo para ler, e tmabém o livro "As pequenas memórias" de José Saramago, que assim como tarde ele começou a escrever, tarde eu o descobri e comecei a ler.
Tinha algumas tarefas que fazer ao computador, mas já me sentia cansada e por isso decidi sair, até porque em casa tenho de ter sempre a luz acesa, por falta de claridade.
Ora, o que achei curioso, enquanto estava embrenhada nas minhas leituras, com o ruído de fundo das conversas em cantonês e filipino, comecei a ouvir o hino português. Rapidamente tentei ver de onde vinha aquele som. Pensei que fosse um daqueles carros com megafone que fosse a passar na rua, alusivo a alguma comemoração portuguesa. Mas, qual não foi o meu espanto, quando reparei que vinha de um telemóvel de um chinês, sentado na mesa ao lado da minha. Tenho cá um palpite que ele nem sabe que música é aquela.
Já uma aluna do Rog tem uma música de Rui Veloso como toque de telemóvel, mas como estuda português, achei um pouco mais normal.
Agora, num café...nunca pensei ouvir "A Portuguesa".

Centro Cultural de Macau - algumas informações


Àrea total de 45.000 m2 (o edifício tem 11.920 m2)
Possui complexo de auditórios, café, bar e museu de arte (5 salas de exposições, sala de palestras, biblioteca multimedia).
O grande auditório tem 1.114 lugares.
O pequeno auditório tem 393 lugares.
O preço dos bilhetes varia entre 40 e 250 patacas (cerca de 4 a 25 euros), dependendo do tipo de espectáculo.
Amigos do CCM: inscrição meio ano = 60 patacas (menos de 6 euros)
inscrição ano = 120 patacas (menos de 12 euros)
Benefícios principais: descontos de 10 a 40% na compra de bilhetes.

www.ccm.gov.mo

Capricho musico-erudito-cultural

O fim-de-semana fechou com uma chave de ouro. Um concerto apresentado pela Orquestra Chinesa de Macau, no grande auditório do Centro Cultural de Macau, no Domingo, pelas 20h. Aliás, esta é a hora habitual dos espectáculos.
Estamos em pleno XVIII Festival de Artes de Macau e este foi o nosso primeiro evento.
A orquestra é constituída na sua maioria por músicos chineses, com excepção de um violoncelista, de tez ocidental.
Os instrumentos são também diferentes dos que fazem parte das orquestras ocidentais e o som eleva-se no ar com um sabor bem oriental. Sons que saíam do Ehru (“violino chinês”), da Pipa, dosGongos…mas também do contrabaixo, dos violoncelos, da flauta transversal, da pandeireta, pratos, sheng (instrumento de sopro com vários canos verticais), de inúmeros instrumentos de percussão e muitos outros (algumas imagens em baixo).
O programa era constituído por peças tradicionais compostas por artistas chineses: As Montanhas Awa, O Inesquecível Festival da Água e o Concerto para Erhu “Capriccio da Grande Muralha”, que deu nome ao concerto, entre muitas outras. Na primeira parte Deng Jiandong foi o solista que interpretou o Erhu com mestria e dedicação.
A dirigir os músicos estava o conceituado maestro, Pang Ka Pang, 42 anos, director musical e maestro principal da Orquestra Chinesa de Macau, mas que tem um curriculum invejável, sendo detentor de vários prémios e tendo dirigido orquestras da China e de muitos outros países da Ásia, Europa, EUA. Possui um estilo muito próprio imbuído de vivacidade e entusiasmo na interpretação/direcção.

A título de curiosidade, a orquestra já acompanhou vários músicos portugueses, como Rao Kyao (Novembro de 1999), Kátia Guerreiro (Outtubro 2005), Rui Veloso.

MAESTRO PANG KA PANG


PIPA


ERHU


Popular

Sábado foi dia de churrasco em Hac-Sá, junto à barragem, em Coloane. Foram ex-alunos do Rogério que nos convidaram. Éramos apenas 6 pessoas, porque muitos outros não puderam comparecer. A comida era muita, desde asas de frango, salsichas, delícias do mar, beringelas, milho, entrecosto, febras, lulas, sardinhas e carapaus. Para beber: água, coca-cola e chá.
Ora, o conceito de churrasco é ligeiramente diferente do nosso. Compram tudo. As carnes já temperadas, peixe congelado, as grelhas, os espetos, tudo….que depois se deitam fora. Normalmente as encomendas são feitas na mesma loja que depois faz a entrega no local (opcional). Outras pessoas que estavam lá, encomendaram toneladas de comida, bebidas, etc, etc, que vieram entregar no local. Os churrascos são autênticos restaurantes ao ar livre.

Sentados em torno da churrasqueira, cada um vai grelhando sua comida, pincelada de mel (barbecue honey, diz no rótulo). Um mel muito líquido, mas bastante doce. E, por acaso, fica muito bem.
Para os momentos de lazer existe um espaço para as crianças brincarem, com escorrega, e também lugar para jogar basquetebol ou badmington.
Um bom chinês que se preze leva os apetrechos para jogar mah-jong: mesa com tampo verde, bancos e as peças, claro. Joga-se sempre a dinheiro.
E foi assim uma tarde (e noite) popular bem passada!


Ah! Sexta jantámos num japonês, sábado almoçámos num tailândes e domingo almoçámos num restaurante de comida portuguesa gerido por verdadeiros macaenses, que têm salada de bacalhau cru e bolinhos de bacalhau e, no final, perguntam se queremos bica. Tasquinha muito típica e engraçada.

Fim-de-semana cultural

Este fim-de-semana foi duplamente cultural, desde a cultura popular à erudita. Mais um recarregar de experiências, antes de pegar nas malas e partir. Contarei tudo por aqui...as minhas formas de ver e sentir.

Odeio ratos!

Ia a subir as escadas em direcção a casa e vi um rato à minha frente. Que horror! O que vale é que não se mexeu e eu lá passei...ufa!

Uma volta por Coloane -actualizado (afinal tenho fotos)

Coloane é a ilha mais verde de Macau, que está ligada à ilha da Taipa por terra (aterros). É a única ilha que tem praia: Cheoc Van e Hac Sá.
Neste fim-de-semana foi a vez de irmos até lá. Fomos de autocarro e depois andámos a pé. O centro tem um ambiente muito típico de aldeia, muito calmo. Jogava-se Mah-Jong numa espécie de barraco, que deveria ser a associação recreativa do bairro.
Fomos até à praia Cheoc Van a pé, por entre vegetação e de braço dado com pássaros e borboletas...e alguns mosquitos também. Passámos por uma zona de habitações na encosta, viradas para o mar. Muitas estão fechadas devido aos preços exorbitantes a que ascendem. Quando chegámos à praia, avistámos uma piscina à beira mar e um areal muito pequeno.
Respirava-se tranquilidade. Nada que se compare com Macau!
No regresso, parámos na Taipa para jantar num restaurante português.
As fotos foram tiradas com telemóvel.

No dia seguinte, domingo, fomos fazer um percurso em Macau. Subimos até à Igreja da Penha e depois acabámos na Pousada de S. Tiago a comer uma sandes de atum (estilo francês) e um chá. Esta pousada é muito bonita (data de 1916). Não terminámos o percurso, porque começou a escurecer. Regressámos a casa, mas pelo caminho ainda tirámos umas fotografias nocturnas.
Têm de reparar numa foto em particular, frente ao casino Grand Lisboa. Um casal de namorados....ele muito, muito alto...ela...baixinha:)

Manifesto: animais domésticos e o gato vadio


Não há coisa melhor que o nosso amiguinho doméstico. Aquele que nos faz companhia e que está sempre à nossa espera, quando regressamos da rua. Eu tenho uma gatinha, a Sissi, que está a ter umas férias em casa dos meus pais, em Portugal, onde arranjou um amiguinho.
Os animais de estimação são bem tratados por estas bandas. Há cães (normalmente muito pequenos), gatos (normalmente amarelos), pássaros (que também são levados a passear)….
Aqui, o vizinho do andar de cima tem um cão pequeno, mas o coitado do bicho tem alturas que geme e chora. Mas chora mesmo, como se dissesse vários “aiaiaiai”. Faz isso quando percebe que a dona vem a entrar no prédio ou quando ela sai para ir trabalhar. De resto só se ouvem as patitas dele a andar de um lado para o outro.
No sábado (e foi isso que me motivou este post), vi o animal doméstico dos vizinhos que vivem no rés-do-chão (numa espécie de garagem, onde se mistura uma cozinha, ferro de um extinto negócio, mesa do jogo mah-jong, parecida com as de póker, e não faço ideia onde serão os quartos…).
O bichinho não era muito grande, mas para a classe de animal da qual fazia parte, digamos que era bem gordinho(a). Uma cor acizentada, com cerca de 15cm.. Bem…era uma ratazana daquelas, bem estimadas!!! Passou curtos momentos na rua e…zuca…lá entrou para dentro daquela “habitação”.
Mais ou menos uma hora depois dei conta que os vizinhos já estavam na rua no conversete. Ainda fui ao meu guia de conversação em cantonês, mas era difícil de dizer a palavra rato, então pensei cá para mim: “será melhor não avisá-los daquele bichinho de estimação….enquanto for acarinhado lá em baixo, não subirá para outros andares do prédio.”
Enquanto isso, do outro lado da rua há quem alimente uns jovens gatinhos (em idade de caçar) e sua mãe que vadiam por estes becos e afins, com orelhas no ar, apressados e com ar assustado. Eles são muito importantes. Lembram-se do Garfield e do seu gang do caixote do lixo?!?
Mas alimentá-los é um erro. Deixem que o ciclo da vida continue o seu curso e o gato vadio cumpra as suas funções na sociedade!!!
Daí que defendo os animais domésticos, mas defendo também o gato vadio!!!! Esse sim, quer-se robusto, mas ao mesmo tempo atlético e veloz para caçar (o bicho de estimação dos vizinhos) ou para fugir da vassoura de alguém menos amigável!!!

o que têm e o que não têm

Para que o post dos Parabéns saia daqui da primeira vista decidi que seria urgente colocar aqui algo mais. Até porque lembrar-me que a idade avança não tem piada.

Ora ontem à noite fomos jantar ao restaurante chinês. Não é um luxo como em Portugal já que gastámos 58 patacas (5,80€) pela refeição dos dois.
O que queria contar-vos é que nos restaurantes chineses não existem guardanapos. Se se lembrarem de levar lenços de papel, tudo bem, se não há uma solução: limpar às mangas da camisa! É curioso. Mas um outro pormenor interessante que têm é que em dias de chuva, como foi o caso de ontem (e hoje também), colocam à entrada da porta dois tipos de sacos plásticos: um comprido e outro mais pequeno. O objectivo é colocar o guarda-chuva dentro do saco, antes de entrar para o restaurante. Assim, ninguém leva o guarda-chuva empresta(dado) nem se molha o restaurante. Sim senhora!
Vá agora distribuam lá guardanapos ao pessoal.

Dias de natureza e convívio (sáb. a seg.)


Flores, pequenos habitats (sapos e tartarugas), animais em cativeiro (protegidos, supostamente), recintos para jogar ténis ou badmington, espaços com máquinas para exercício físico e massagens aos pés, um circuito de manutenção. Este é o Jardim da Flora que fica no sopé do Monte da Guia, o ponto natural mais alto de Macau, com ligação através de um teleférico.
São mais uns pulmões desta cidade!
Optámos por não subir de teleférico, mas sim a pé. A distância é curta, apesar de ser sempre a subir, mas valeu a pena para respirar ar fresco e observar pequenos animais que habitam o monte (sem estarem em cativeiro). Por entre a vegetação, observávamos o reboliço da cidade. Um contraste interessante.
No cimo do monte, outrora ponto estratégico de defesa habitado por militares portugueses, encontrámos abrigos antiaéreos. Túneis escavados no monte, equipados com poços para abastecimento de água, geradores, mas muito pequenos e atrofiantes, onde passaram muitas horas da sua vida.
No ponto mais alto, a Ermida da N. Sra da Guia, acompanhada de um farol, ainda em funcionamento.

Depois desta volta pela natureza, era altura de regressar para tratar do jantar que estava programado ser em nossa casa. Fiz Bacalhau à Brás e, para sobremesa, arroz doce. Depois saímos para tomar um copo na zona de bares.

Alunos macaenses, que estudam Português onde o Rog lecciona, organizaram jantar para domingo e convidaram-nos. Lá fomos provar algumas iguarias da zona, que eles compraram (Take away=ta pau). Muito, muito, muito bom! Confesso que estava com algum receio, pelo que costumo ver nas tascas. Mas gostei! Falava-se português, misturado com cantonense. Muito simpáticos e curiosos, ávidos de conhecer cultura portuguesa. Após jantar, jogaram Mah-Jong (jogo que todos, ou quase todos, os chineses jogam). Só fiquei a olhar e realmente é um jogo interessante.

Segunda-feira, véspera de feriado. Rog teve folga e fomos até Zuhai, do outro lado da fronteira. Um grande centro comercial chinês. Dentro desse centro existe um Centro de Massagens & Spa. Fomos experimentar uma massagem completa, coisa que eu nunca tinha feito. Por 35 rmb (3,5€) cada um, fizemos uma hora de massagem. Os meus músculos deviam estar tão adormecidos que foi um pouco tortura, mas o que é certo é que hoje sinto-me bem. Depois da massagem, decidi arriscar num cabeleireiro chinês (falavam pouco ou nada de inglês), mas através de gestos dei as minhas indicações e cortaram-me o cabelo. Acho que nos entendemos, pois saí satisfeita (35rmb - 3,5€).
Um pormenor curioso é que lavam o cabelo sem ser num lavatório, ou seja, com champô e uma garrafa de água vão esguichando, criam espuma, lavam e massajam a cabeça durante longos minutos, sentada numa cadeira normal, frente a um espelho, até pedires para parar. Depois é que retiram a espuma num lavatório. Este tem também uma diferença: em vez de estarmos sentadas, estamos deitadas. Na foto reparem nas “unhacas” do cabeleireiro, ferramenta do ofício hehe.

Em seguida, almoço e compras chinesas.
À noite, mais um jantar estava marcado, desta vez em casa da Cátia e David, amigos do Rog. Feijoada de Marisco e bolo de cenoura. Hummmmmmmm.
Conversa pela noite dentro e fomos cedo para casa, pois a massagem ainda estava a causar o efeito de moleza.